segunda-feira, 6 de julho de 2009

A volta do que não foi

Enfim, férias! Então, depois de um longo e tenebroso inverno, estou de volta.

Muita coisa muda em alguns meses letivos. E efetivamente muita coisa mudou pra mim. Ah, não, desculpe, não vou contar tudo aqui. Só uma parte. Se quiser saber o restante, leia na minha biografia que talvez alguém se importe de escrever depois que eu passar para o plano espritual. Ou talvez eu mesmo escreva, quando estiver do lado de lá. Ou não.

Uma coisa que mudou foi que percebi um melhor jeito de usar o Cruz Credão do que o que eu vinha fazendo. Veja bem, é estranho para alguém que vive falando que "coerência é a palavra de ordem diante das escolhas que a vida nos impõe" fazer coisas incoerentes. E apontar cruz credãozices dos outros (ainda que às vezes sejam muito evidentes) não é coerente com tudo o que penso e falo. Melhor então parar com isso e admitir de vez que eu não estou tão longe daquilo que aponto nos outros. Já dizia um grande Mestre que passou por este mundo: "Por que vês tu algo cruz credãozinho no olho do teu irmão, porém não reparas em algo cruz credasso que está no teu próprio?" Pois é, o caminho é por aí.

Você vai notar, portanto, que apaguei propositadamente alguns escritos anteriores. Motivo simples: não eram coerentes. Ah, eu sei que neste momento você vai dizer: "Pô, mas aí não vai rolar! Você escreve as coisas e depois apaga! Como assim? Escreveu tá escrito!" E eu te responderei: "Ah, é? Quer dizer que não tenho direito de mudar? Sinto muito, camarada, a vida é mudança, e eu tô mudando junto com ela. Mas se você quiser ficar, esteja à vontade." Acho muito válida aquela idéia de blog-registro, que vai deixando os rastros do passado, dos pensamentos que, muitas vezes, foram e já não são mais. Porém, isso não é o que vou fazer aqui. Aqui você vai me encontrar do jeito que sou, agora, neste momento, no presente, no instante em que ambos respiramos e pensamos e falamos e comemos e dormimos (ou não) e vivemos, no fragmento exato de tempo entre as letras que seus olhos lêem e as idéias que elas fazem brotar na sua cabeça. Mesmo que isso signifique destruir velhas fundações e construir bases inteiramente novas. É isso que vou fazer aqui: construir, destruir, construir, destruir, e assim por diante, até o infinito. É esse o ciclo da vida. Então, se quiser me seguir, esteja preparado, você vai ter que correr (run, Forrest, run!!!). Serei a metamorfose ambulante, mas não pelo gosto puro de mudar, e sim porque estou fadado ao mesmo destino que você e que todos os outros: evoluir. Evoluir é mudar pra melhor, todo dia, toda hora, o tempo todo, sempre.

"Hum, interessante," - você dirá - "mas esse papo filosófico-semi-auto-biográfico já me cansou. Pelo visto você decidiu virar Platão e sair da caverna. Veja, não é que eu ache isso ruim, mas... bem, sem ofensas, é um pouco chato. Espero que me entenda se eu não quiser voltar." Ok, é compreensível e não vou te condenar por isso. Talvez eu mesmo não voltasse se estivesse no seu lugar. Só espero é que você não esteja indo porque pensa que eu irei parar de fazer piadinhas e trocadilhos cruz credão. Ora, ora, você acha mesmo que eu ia abrir mão disso? No futuro, quem sabe, mas agora de jeito nenhum! Inclusive, estou devendo as respostas do passa-tempo. Não que eu realmente ache que alguém vai ler, mas, enfim, promessa é dívida e dívida eu pago. Só que não neste post. Já está grande demais. Eu já me cansei de escrever, você já deve ter cansado de ler... Então, vamos voltar para o Youtube?

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